Na manhã desta quinta-feira (19), dois policiais militares foram presos durante a "Operação Playboy", acusados de integrar uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas em festas, casas de shows e até universidades, nos estados da Paraíba e Ceará. A operação foi deflagrada em João Pessoa, com desdobramentos no Ceará.
A investigação, que teve início em agosto de 2023, foi motivada pela prisão de um traficante paraibano com forte atuação no Ceará. A quadrilha, que também contava com a participação de um servidor da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob), seguranças de casas de shows, e até estudantes universitários, foi desmantelada após o cumprimento de sete mandados de prisão e 14 mandados de busca e apreensão na Paraíba, além de dois mandados no Ceará.
Entre os materiais apreendidos durante a operação, estavam mais de 20 pés de maconha em uma estufa que funcionava no bairro dos Colibris, em João Pessoa. A estufa tinha controle de temperatura e iluminação, permitindo a produção de maconha de alta qualidade. Também foram encontrados drogas sintéticas, skank, maconha desidratada e uma arma de fogo.
O delegado Victor Melo, da Polícia Civil da Paraíba, destacou que as drogas eram comercializadas em baladas, casas de shows, bares e festas particulares, incluindo eventos de música eletrônica. Além disso, há indícios de que parte dessa droga era vendida na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
A operação, coordenada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e pelo Grupo de Operações Especiais (GOE), revelou ainda que o esquema criminoso utilizava o perfil de luxo dos envolvidos, conhecidos por sua ostentação, para facilitar o tráfico de drogas. Por conta disso, a operação foi denominada “Operação Playboy”.
Além dos mandados cumpridos em João Pessoa, a operação também teve desdobramentos em várias cidades do Ceará, como Fortaleza, Caucaia e Sobral, onde outros mandados de busca e apreensão foram executados.
Até o momento, seis pessoas foram presas, e uma está foragida. A polícia continua investigando outros possíveis envolvidos na organização criminosa.
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