A possível instalação de um aterro sanitário das classes IIA e IIB na zona oeste de Patos tem gerado preocupação entre moradores e autoridades locais. O assunto veio à tona na manhã desta segunda-feira (data), quando foi debatido no programa "Paraíba Verdade", da Rádio Arapuan, pelo jornalista Isaías Nóbrega e pelo advogado Corsino Peixoto Neto, que participou da discussão.
De acordo com as informações divulgadas, uma empresa aguarda a liberação da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) para implantar o aterro sanitário em uma área próxima a uma pedreira desativada, localizada em frente ao Residencial Itatiunga e nas imediações do Condomínio Várzea da Jurema, além dos residenciais Jardim de Espanha e outros conjuntos habitacionais da região.
A população dos bairros Bivar Olinto, Itatiunga e adjacências demonstrou preocupação com o empreendimento, especialmente devido à proximidade com áreas residenciais. Um dos principais temores é a emissão de gases provenientes do aterro, que podem causar impactos ambientais e problemas de saúde a médio e longo prazo.
O jornalista Pabhlo Rhuan, em participação no programa "Arapuan Verdade", relatou que entrou em contato com a Sudema para obter esclarecimentos sobre o caso. Segundo o órgão ambiental, há um processo de licenciamento em andamento para a implantação do aterro sanitário na região. Durante uma reunião do Conselho de Proteção Ambiental, realizada na manhã desta terça-feira (04), foi concedida uma Licença Prévia ao empreendimento.
A concessão da Licença Prévia, no entanto, não autoriza a instalação do aterro nem o início de suas atividades. Esse tipo de licença apenas atesta a viabilidade ambiental do projeto, sendo necessário, agora, que a empresa apresente um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e solicite uma Licença de Implantação. No caso específico de um aterro sanitário, também será exigida a realização de uma audiência pública para debater a questão com a sociedade.
O vice-prefeito de Patos e secretário municipal de Meio Ambiente, Jacob Souto, afirmou à Rádio Arapuan que a Prefeitura, até o momento, não possui nenhum empreendimento de natureza semelhante e reforçou que o município não concordaria com a implantação do aterro na área urbana.
Ele explicou que a cidade de Patos conta atualmente com uma estação de transbordo, localizada no município vizinho de São José do Bonfim, onde os resíduos sólidos são armazenados temporariamente antes de serem encaminhados ao aterro sanitário de Afogados da Ingazeira, em Pernambuco. Esse sistema foi implementado por meio de licitação e visa garantir a destinação correta do lixo da cidade.
Ainda de acordo com Jacob Souto, qualquer empreendimento dessa natureza vinculado ao município pode ser consultado junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Ouça fala do vice-prefeito de Patos e secretário municipal de Meio Ambiente, Jacob Souto