Neste último domingo (13), completaram-se 16 anos de um dos eventos climáticos mais marcantes já registrados em Patos, no Sertão paraibano. Em 13 de abril de 2009, a cidade foi surpreendida por uma chuva intensa que durou seis horas seguidas, provocando diversos transtornos e deixando marcas profundas na memória dos patoenses.
Segundo dados da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), foram registrados 300 milímetros de chuva naquele dia — um verdadeiro recorde. Trata-se da maior chuva registrada na cidade nos últimos 60 anos.
A força da natureza foi tamanha que dois açudes da região transbordaram, e o nível do Rio Espinharas, que corta a cidade, subiu rapidamente, invadindo ruas e residências. O bairro Jatobá foi o mais afetado, com dezenas de famílias sendo retiradas de suas casas e abrigadas em um ginásio, no Sesc e em uma escola local.
As chuvas também causaram danos à infraestrutura da cidade. No quilômetro 345 da BR-230, nas proximidades da saída de Patos, parte do asfalto cedeu, obrigando a Polícia Rodoviária Federal a interditar o trecho. Já na PB-262, que liga Patos ao município de Teixeira, uma ponte ficou comprometida após o transbordamento do açude do Jatobá.
Diante da gravidade da situação, o então governador José Maranhão cancelou sua agenda e se deslocou até Patos, acompanhado da Defesa Civil Estadual e do secretário de Infraestrutura, Francisco Sarmento.
Passados 16 anos, os patoenses ainda recordam os momentos difíceis vividos naquela noite de chuva sem fim.
Pabhlo Rhuan - Jornal Patoense