Faleceu na noite desta terça-feira (10), por volta das 23h, a professora Kelly Keltylly Faustino Lucena, de 33 anos, vítima de um incêndio ocorrido no dia 31 de maio, no bairro Santa Clara, em Patos, Sertão da Paraíba. Ela estava internada há 10 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande.
De acordo com a médica Dra. Ísis Lacerda, que acompanhava o caso, Kelly sofreu queimaduras de grande extensão — cerca de 60% do corpo — atingindo principalmente a face, o pescoço e os membros. Como o incêndio ocorreu em ambiente fechado, a gravidade das lesões causou um severo desequilíbrio clínico.
Nas últimas 48 horas antes do óbito, a professora apresentou uma piora significativa no quadro de saúde, com falência da função renal (sem diurese), febre persistente e dificuldade para manter a pressão arterial. A paciente entrou em parada cardíaca às 22h40 desta terça-feira, foi submetida a manobras de reanimação, mas não resistiu e faleceu às 23h, em decorrência de falência múltipla dos órgãos.
Kelly chegou a apresentar sinais de melhora no último fim de semana, sendo extubada e ficando consciente. No entanto, com a piora do quadro, precisou ser novamente entubada e, desde então, seu estado era considerado crítico.
O filho de Kelly, um bebê de apenas 1 ano e 4 meses, também ficou ferido no incêndio e permanece internado na UTI Pediátrica do mesmo hospital. Ele sofreu queimaduras em aproximadamente 25% do corpo, com lesões no rosto, tronco e pé esquerdo. Segundo a Dra. Ísis Lacerda, o estado de saúde da criança ainda é delicado. Uma tentativa de extubação foi realizada nesta terça-feira (10), mas sem sucesso. O bebê permanece sob ventilação mecânica devido a complicações respiratórias causadas pela inalação de fumaça, além de apresentar edema no pescoço e na face. Uma nova tentativa de extubação deverá ser feita nesta quarta-feira (11).
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A mãe de Kelly, Maria Faustino Lucena, de 58 anos, também foi vítima da tragédia e faleceu no último dia 5 de junho, após ser transferida para Campina Grande com cerca de 40% do corpo queimado.
Kelly Keltylly era professora da Escola Ágape, vinculada ao Centro Universitário UNIFIP, e diretora da unidade CCAA de Patos. Ela havia sido recentemente aprovada em um concurso público. A morte precoce da educadora gerou grande comoção na cidade, com homenagens emocionadas de colegas, alunos, amigos e familiares nas redes sociais.
Por Pabhlo Rhuan - Jornal Patoense
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